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JOGO DE DAMAS / CHECKERS

BY AND TRANSLATED BY LIBBY JONES

Ela sempre gostou de jogar damas; todas as vezes, as jogadas permaneciam previsíveis. Um vencedor, um perdedor, e o jogo perfeito era impossível- sempre era necessário fazer sacrifícios para ganhar. Superficialmente, o jogo parecia muito com a vida, tendo que passar por cima dos outros para ganhar a dianteira. Na vida, no entanto, às vezes não há vencedores, e ela sabia que o que estava prestes a fazer faria com que os dois perdessem. Ela observou o tabuleiro e contemplou seu próximo passo, encarando cuidadosamente para evitar olhá-lo direitamente. Ele, como sempre, não fazia ideia de que havia algo errado. Se ao menos ele tivesse perguntado, se tivesse pedido desculpas por tudo o que aconteceu entre eles na noite anterior, talvez ele pudesse ter se salvado do que estava por vir. Em vez disso, ele optou por continuar normalmente, fingindo que tudo o que havia ocorrido antes estava acabado- ela simplesmente não conseguia mais seguir esse script. Ele colocou seu peão sobre o último azulejo branco:

– Ganhei – ele disse.

– Bem feito – ela respondeu–, você mereceu.

Enquanto ele se virou para ir embora, ela puxou uma pistola de trás da cadeira e sussurrou:

– Você sempre tem o que merece

E atirou no homem que amava na cabeça.

She had always liked checkers best; the formula was always the same. One winner, one loser, and the perfect game was impossible- one simply had to make sacrifices to win. At face value, it seemed much like life, having to step over others to gain the advantage. Of course, she thought, in life, sometimes there are no winners at all, and what she was about to do would make them both losers indeed. She looked down at the squares and contemplated her next move, staring intently to avoid looking him in the eye. He, as usual, had no idea that anything was wrong. If only he had asked, if only he had said sorry for all that had happened between them the night before then perhaps he could have saved himself from what was coming. Instead, he chose to continue as normal, pretending all that had come before was done and gone, and she simply couldn’t follow this script any longer.  Placing his checker over her remaining white tile he looked up and said ‘I win’. She gathered all her strength, looked him straight in the eye and said ‘well done, you deserved to.’ As he turned around to walk away, she pulled out a pistol from underneath her skirt and said ‘you always get what you deserve’, and shot the man she once loved in the head.

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